Entrevista Inesquecível 2016: Juliander Agrizzi

Entrevista Inesquecível com Juliander Agrizzi!

Nome: Juliander Agrizzi

Estado: Espírito Santo

Residência: Vitória

Escola do coração: Jucutuquara e no Rio de algumas.

Desfila desde: 2012

Cargo: Mestre-Sala

Foto: Folha Vitória

(MMS) Qual a importância de você ter sido condecorado com o Prêmio Sambista Inesquecível 2016 na categoria Casal Inesquecível do Espírito Santo ao lado da Gessya Santana?

Juliander: É comum no meio do samba encontrar pessoas que se dedicam muito e são pouco valorizadas. Creio que receber esse prêmio é muito importante por isso, para a valorização do sambista. Me sinto lisonjeado e extremamente feliz por tê-lo recebido pela segunda vez consecutiva. Essa iniciativa estimula as pessoas a continuarem trabalhando e se dedicando cada vez mais. Muito Obrigado!

(MMS) Quais os momentos marcantes do seu carnaval 2016, dos ensaios ao desfile oficial, que podem ser relatados?

Juliander: Passamos por muitas dificuldades ao longo do ano. Um dos motivos principais é por Gessya e eu, que trabalhamos com dança, entendermos que o cargo de mestre-sala e porta-bandeira deve envolver muito profissionalismo, o que vai de encontro ao pensamento de algumas pessoas que ainda levam o carnaval com certo amadorismo. Porém, no fim, praticamente tudo foi resolvido. Ter Gessya como parceira foi uma grande felicidade. Ao longo dos nossos ensaios, fomos nos conhecendo e, tendo sempre a grata surpresa que compartilhamos do mesmo estilo, foco, dedicação e profissionalismo. Estudamos e ensaiamos exaustivamente em busca do nosso objetivo. E, mesmo tendo pegado a roupa um dia antes do desfile, termos que fazer ajustes importantes e passarmos por dificuldades na avenida, atingimos nosso objetivo e alcançamos notas máximas de todos os jurados. Um momento que considero consagrador e de máxima felicidade!

Gostaria ainda de comentar que nós também temos um estilo um pouco diferente de dançar, principalmente por adicionarmos movimentos inspirados no Ballet Clássico, o que causa incômodo em algumas pessoas que são extremamente tradicionais e, ao meu ver, engessadas. Acreditamos que a dança do Mestre-Sala e da Porta-Bandeira deva ser respeitada pela história e pelo que representa. Levamos isso com muita seriedade não havendo, sequer, uma apresentação nossa em que algum movimento tradicional do bailado de casal tenha deixado de ser feito. Por outro lado, também acreditamos que é possível, e com cautela, acrescentar outros movimentos. Dança é sim para ser recriada e isso não tem nada a ver com desrespeito. Até porque observo vários casais que aparentemente executam apenas movimentos já conhecidos e característicos, mas em contraponto com posturas e atitudes desrespeitosas ao pavilhão que carregam.

(MMS) A sua estreia como mestre-sala é recente. Ano passado você pisou no Sambão do Povo como segundo mestre-sala da Jucutuquara e já neste ano foi efetivado como casal oficial (ao lado da Gessya). Você acredita que a sua experiência profissional com a dança clássica foi culminante para que conseguisse o cargo maior em tão pouco tempo?

Juliander: Certamente o fato de eu trabalhar com Ballet Clássico e Contemporâneo ajudou muito, além de possuir também experiência em Dança de Salão. Entretanto, destaco outro fator importantíssimo. Estou na Jucutuquara desde 2012. Em todos os cargos que assumi na escola, independente da importância do mesmo, sempre me dediquei ao máximo, procurando me doar por inteiro nos ensaios e apresentações.

(MMS) Você confirma participação na próxima folia e já pode adiantar novidades para o carnaval 2017? Deixe uma mensagem para todos do Portal Meu Mundo do Samba que se encantaram com o seu jeito de ser sambista e a todos os seus admiradores.

Juliander: Atualmente não temos contrato com nenhuma escola e a participação no Carnaval de 2017 ainda não está confirmada.

(MMS) Deixe uma mensagem para todos do Portal Meu Mundo do Samba que se encantaram com o seu jeito de ser sambista e a todos os seus admiradores.

Juliander: Gostaria de agradecer a Gessya pelo imenso profissionalismo com que leva a dança e por toda a dedicação exaustiva nos ensaios e estudos. Agradeço também todas às pessoas que nos acompanharam de perto ou de longe e que apreciam nossa dança. Agradeço à diretoria e presidência da Jucutuquara pela oportunidade de conduzir o pavilhão dessa grande escola. A dança é a nossa vida, e poder promover ao menos um sorriso durante nossas apresentações é uma felicidade grandiosa. Obrigado Meu Mundo do Samba pelo papel brilhante de valorizar os artistas e profissionais do Carnaval!